Às vezes não há nada mais surpreendente que se olhar no espelho. Porém, o espelho jamais dá conta de refletir a imagem de forma completa e, o olhar, oferece-nos sempre diferentes fragmentos de nós mesmos. Claudia Rueda traz à luz sentimentos que todos experimentamos, e ao explicitar tais sentimentos, que ora nos acalentam, ora nos inquietam, o livro sugere que estes não são particulares a uma única pessoa. Uma reflexão isolada pode ser ampliada com o olhar do outro e pela possibilidade de se conectar a ele. Neste texto breve e direto, a autora e ilustradora dá vida a personagem que se observa através de fragmentos de espelhos que variam de forma e tamanho, sempre envolvidos por uma mesma moldura que, curiosamente, não os encerra.