Crônicas da cosmovisão indígena

Animais e plantas

“Para os povos tukanos, do Rio Negro, a Cobra- -Canoa, uma gigantesca canoa em forma de cobra, adentrou o rio e foi deixando, em cada porto, os ancestrais dos povos dessa região. E foi assim que surgiram os desanas, os pira-tapuyas, os barés, os makus, os barasanas etc. Tudo isso aconteceu no começo do mundo, quando o branco ainda não havia chegado.”
Neste livro de crônicas, o escritor, geógrafo e ativista indígena, Yaguarê Yamã, convida os leitores para um mergulho na visão de mundo de povos indígenas. Conhecer as cosmovisões sobre animais e plantas da floresta amazônica nos oferece uma possibilidade de estabelecer novos vínculos, simbologias e sentidos em relação à natureza. Com linguagem fluida, o autor apresenta as interligações entre os seres humanos, as plantas e os animais presentes em uma vida completamente relacionada ao ambiente em que habitam.
Informações adicionais

Obra:

Edição:

Dimensões: 23x15cm

Conteúdo:

O que nos move

As crônicas são textos curtos, muitas vezes, bem-humorados e com linguagem coloquial. O autor traz para esse gênero visões de mundo de diferentes povos que habitam a floresta amazônica. Os humanos interligados ao ecossistema – animais, plantas, rios, céu e terra –constroem identidades e formas de enxergar a vida. A junção dessas cosmovisões dá visibilidade para os diversos modos de vida presentes no mesmo país, e convida a repensar hábitos e costumes apartados da natureza.

Quem escreveu?

Yaguarê Yamã

Yaguarê Yamã, além de escritor, é ilustrador, professor, geógrafo e ativista indígena, nascido no Amazonas. Morou em São Paulo, onde licenciou-se em Geografia, pela Unisa. Em 2004, retornou ao Amazonas com o objetivo de retomar o processo de reorganização do povo maraguá e de lutar pela demarcação de suas terras. Também atuou na Fundação Estadual do Índio (FEI), órgão do governo do estado do Amazonas, em Manaus, como coordenador de Educação e Cultura. É autor de mais de 30 livros, entre os quais infantis, de contos e dicionários. Com eles conquistou alguns prêmios nacionais e internacionais, como o Altamente Recomendável (FNLIJ) e o White Ravens (Alemanha). Pertence à Academia Parintinense de Letras e atua como sócio-fundador da Academia da Língua Nheengatu (ALN), com foco no resgate da Língua Geral como língua franca por toda a bacia amazônica.

Quem ilustrou?

Mauricio Negro

Mauricio Negro é ilustrador, escritor, designer gráfico, curador independente e gestor cultural, formado em Comunicação Social pela ESPM/USP, com pós-graduação em Gestão Cultural pelo Senac – SP. Nasceu em São Paulo, em 1968, passou parte da infância e juventude entre a mata atlântica e o litoral, vivências que deixaram marcas na sua vida e obra. Desde 1992, escreve, ilustra e projeta seus próprios livros, além de colaborar com escritores brasileiros e estrangeiros, tendo livros publicados em português, inglês e francês. Por sua extensa produção, recebeu prêmios, menções e certificados, como White Ravens (Alemanha), CJ Picture Book Festival Finalist (Coreia do Sul), Prêmio Jabuti, Prêmio FNLIJ, Prêmio Cátedra UNESCO de Leitura PUC-Rio, entre outros.

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