Invento no vento

num canto o céu disfarçaenrolado de fumaçaem sua hora de esperaa manhã se descabela
Como escreve a especialista do livro ilustrado, Sophie Van der Linden, o vento não pode ser mostrado. Invisível ao pintor, figurá-lo é praticamente inexequível. Fernando Vilela neste livro, porém, consegue, como raramente acontece, não somente dar a ver, mas também dar a sentir o vento. O texto poético de Álvaro Faleiros recebe uma ilustração fiel que, além disso, enriquece os brancos do texto com um universo igualmente poético e vetor de imaginário. Entre a força e a gravidade do negro e a leveza e o movimento das cores, o leitor se encontra tomado por um torvelinho a voltear fecundo.
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Obra:

Edição:

Dimensões: 30x25cm

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O que nos move

Claude Monet, na série “Choupos, efeito do vento” de 1891, tentou exprimir a agitação das folhas, seu rumorejar e as sensações do espectador na natureza por meio de composições oblíquas. Em 1969, o artista e designer italiano Bruno Munari divertia as crianças ao fazê-las lançar pedaços de papel recortados do alto de uma torre para “dar a ver o vento”. Seus livros abriram o caminho do grafismo na literatura infantil. Fernando Vilela, neste livro, se coloca na linhagem desses dois grandes artistas, entre impressionismo e grafismo. O enxuto texto poético de Álvaro Faleiros, junto das ilustrações de Fernando Vilela, fazem deste livro uma obra de arte para leitores de todas as idades.

Quem escreveu?

Álvaro Faleiros

Álvaro Faleiros é poeta e compositor. Em sua inventividade de transformar palavras em música, sons em poemas, Álvaro conversa em poesia; traduziu importantes poetas da língua francesa e contribui com importantes reflexões a respeito da tradução de poesia. Professor de literatura francesa na USP (Universidade de São Paulo), possui diversos livros de poesia publicados e dois álbuns gravados.

Quem ilustrou?

Fernando Vilela

Fernando Vilela estudou artes plásticas na Unicamp (Universidade de Campinas), chamando a atenção desde o início pela beleza de seus desenhos e gravuras. Desde então, ele foi se dedicando a várias outras atividades e hoje é também professor, escultor, designer, escritor e ilustrador de livros. É autor de 25 livros ilustrados e, além disso, ilustrou mais de 90 – por cinco deles recebeu o Prêmio Jabuti. Como artista, participou de mostras no Brasil e no exterior, e seus trabalhos constam em importantes coleções de museus como o MoMA (Museum of Modern Art) [Museu de Arte Moderna] de Nova York, e a Pinacoteca do Estado de São Paulo. Seus trabalhos podem ser vistos em www.fernandovilela.com.br e no @fernandovilela_art.

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